Otomastoidite Aguda em Recém-Nascido Prematuro: Relato de Caso
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Resumo
A otomastoidite é uma complicação rara, porém grave, da otite média aguda, especialmente em lactentes com menos de seis meses de idade, nos quais os sintomas clássicos podem estar ausentes, gerando desafios diagnósticos e terapêuticos. Apresentamos o caso de uma recém-nascida prematura (idade gestacional: 31 semanas) diagnosticada com otomastoidite aguda complicada por abscesso subperiósteo. A paciente foi inicialmente admitida na Unidade Canguru devido à prematuridade. No 20º dia de vida, apresentou episódios de apneia e cianose. No 21º dia de internação, desenvolveu tumefação retroauricular esquerda com eritema e dor à palpação. A ultrassonografia à beira-leito evidenciou área preenchida por líquido com descontinuidade da cortical óssea externa, confirmando o diagnóstico de abscesso subperiósteo secundário à otomastoidite. A tomografia computadorizada revelou opacificação da mastoide, erosão da cortical óssea e abscesso subperiósteo. Foi adotada uma abordagem multidisciplinar, com avaliação por otorrinolaringologia, exames de imagem (tomografia computadorizada craniana) e intervenção cirúrgica. A paciente foi submetida à drenagem do abscesso, mastoidectomia e colocação de tubo de ventilação. A cultura identificou Staphylococcus aureus, direcionando o tratamento com oxacilina por 21 dias. A recém-nascida apresentou melhora clínica progressiva e recebeu alta no 41º dia de internação. Este caso ressalta a importância da identificação precoce de sinais atípicos de otomastoidite em prematuros e destaca o papel essencial da intervenção cirúrgica e da antibioticoterapia dirigida.
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